Acordei estranho, mas apresente-me um ser que não seja ao acordar.
Abri os olhos, bocejei, desejei dormir por mais 10 horas, fiz tudo como manda o procedimento e então, após muito relutar, levantei.
E tudo continuava estranho.
Fui fazer o que todos fazem ao acordar, esperando que a estranhice se diluisse no tempo.
Peguei um copo, enchi de whisky e bebi tudo num gole só. Cowboy.
E as coisas continuavam estranhas.
Talvez fosse o cheiro que saia de minha boca, mas ela fedia tanto quanto costuma feder ao despertar.
Talvez fosse o cheiro que saisse de mim, mas ele era exatamente o mesmo de toda manhã.
Talvez fosse a lua, ou as estrelas, o sol (o que era mais provavel), mas eu nao acreditava em nada disso.
Continuei com os procedimentos padrões da manhã feliz.
Liguei o som o suficientemente alto para que os vizinhos se irritassem e suficientemente baixo para que nao reclamassem.
Abri as cortinas deixando o rejuvenescedor sol da manhã fazer seja la o que ele faça.
Liguei o chuveiro e quando estava me encaminhando para o banho eu o vi.
Por mais estranho que parecesse ele estava lá.
Estampado em minha cara o tempo todo.
Lavei o rosto, fiz a barba, tomei outro copo de whisky mas ele continuava lá.
Intacto.
Fixo.
Imóvel.
Intransfigurável.
Tímido.
E irritantemente sincero.
Não era visto desde aquela fatídica terça feira.
Sim, eu tinha certeza, ele estava lá.
A vida nunca foi um paraíso.
Mas definitivamente aquilo se parecia muito com um sorriso.
Muito bom jovem, final excelente
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ResponderExcluirAbraço
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