terça-feira, 20 de julho de 2010

Dedicatória

dedico esse àquela
que tem por ventura
e de requinte, ternura
tornar ainda mais bela
a vida e seu encanto
por todo o tempo, por enquanto

e se não é meu
o sorriso, o perfume
saibas que é todo seu
o meu maldito ciume

para sempre nesse momento
quero te ter como dona
assim como me tenho cafona
nos meus versos, no pensamento

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ó Pátria Amada

brasil
por teus amores daria a vida
pensar em ti, tuas praias teus sorrisos
teus filhos, eximios bandidos
me da dor de barriga
talvez seja lombriga
ou talvez seja simplesmente tu
Brasil, oh terra querida
antes de tudo vá tomar no cu

carinhosamente de sua dignidade esquecida

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Hoje é quinta

Acordei estranho, mas apresente-me um ser que não seja ao acordar.
Abri os olhos, bocejei, desejei dormir por mais 10 horas, fiz tudo como manda o procedimento e então, após muito relutar, levantei.
E tudo continuava estranho.
Fui fazer o que todos fazem ao acordar, esperando que a estranhice se diluisse no tempo.
Peguei um copo, enchi de whisky e bebi tudo num gole só. Cowboy.
E as coisas continuavam estranhas.
Talvez fosse o cheiro que saia de minha boca, mas ela fedia tanto quanto costuma feder ao despertar.
Talvez fosse o cheiro que saisse de mim, mas ele era exatamente o mesmo de toda manhã.
Talvez fosse a lua, ou as estrelas, o sol (o que era mais provavel), mas eu nao acreditava em nada disso.
Continuei com os procedimentos padrões da manhã feliz.
Liguei o som o suficientemente alto para que os vizinhos se irritassem e suficientemente baixo para que nao reclamassem.
Abri as cortinas deixando o rejuvenescedor sol da manhã fazer seja la o que ele faça.
Liguei o chuveiro e quando estava me encaminhando para o banho eu o vi.
Por mais estranho que parecesse ele estava lá.
Estampado em minha cara o tempo todo.
Lavei o rosto, fiz a barba, tomei outro copo de whisky mas ele continuava lá.
Intacto.
Fixo.
Imóvel.
Intransfigurável.
Tímido.
E irritantemente sincero.
Não era visto desde aquela fatídica terça feira.
Sim, eu tinha certeza, ele estava lá.
A vida nunca foi um paraíso.
Mas definitivamente aquilo se parecia muito com um sorriso.

domingo, 4 de julho de 2010

Respostas

pergunte ao gato
o que ele acha da curiosidade
aquela que lhe tomou uma vida
e deixou as outras seis num beco sem saida
pergunte ao parvo o que ele acha da maldade
aquela que lhe abençoou a existencia
e o levou a demencia